Carlos Lessa defende nova engenharia financeira para setor naval

Rio ? O Setor Naval brasileiro, a despeito de toda a revitalização por que vem passando, necessita de uma nova engenharia financeira que possibilite as garantias necessárias à expansão da atividade. A afirmação foi feita, no Rio, pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Carlos Lessa, ao anunciar que o banco deverá fechar o ano com desembolso da ordem de US$ 1 bilhão de dólares para a construção de novas embarcações, US$ 700 milhões dos quais já foram liberados.

?O problema das garantias é complicadíssimo: enquanto o navio está sendo feito, construído, até chegar ao final de sua construção ele não é capaz de dar garantias. Na verdade ele vale se estiver pronto. Se a construção for interrompida, ele não vale o que falta completar, vira sucata?.

Este é, na avaliação de Carlos Lessa, o principal problema a ser equacionado. ?Como em geral os estaleiros, geralmente, são estruturas empresarias pequenas em relação ao tamanho do projeto de construção de um navio. Você bota uma encomenda de US$ 200 milhões em um estaleiro que, na melhor das hipóteses, vale US$ 50 a 60 milhões. Então ele não consegue gerar garantias para a construção do navio e, por outro lado, o armador também não consegue gerar esta garantia.

Então o setor vive uma situação dramática de falta de garantia. Por isso é que é necessária uma nova engenharia financeira para o setor?. Lessa adiantou que os técnicos do BNDES estão pensando uma solução para o setor, há varias alternativas que precisam ser sentidas junto ao Fundo de Marinha Mercante e ao próprio segmento?.

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