Nova York – O jornal norte-americano The New York Times defendeu ontem, em editorial a posição do Brasil na reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Cancún, no México. “Poucas coisas poderiam melhorar a vida de mais gente, inclusive o mais de um bilhão de pessoas que vivem com um dólar ao dia ou menos, do que um resultado positivo em Cancún. Com isso queremos defender um compromisso forte da OMC para criar um mercado justo e eficiente para produtos agrícolas”, diz o editorial.

O texto prossegue afirmando que “até hoje, a globalização continua a ser um jogo desequilibrado, no qual as normas foram fixadas pelos países ricos. Os EUA, a Europa e o Japão conseguiram forçar os outros a reduzirem as barreiras comerciais em serviços e produtos industriais que eles são bons em produzir, mantendo tarifas elevadas sobre os produtos agrícolas importados. Ou então, eles distribuem subsídios agrícolas extravagantes, o mundo desenvolvido gasta US$ 1 bilhão por dia em subsídios, e os produtos são, então, despejados no mercado internacional a preços inferiores ao custo de produção. Isso tem efeitos devastadores nos países mais pobres, muitos dos quais poderiam melhorar o padrão de vida de suas populações se tivessem uma chance de exportar produtos agrícolas a preços justos de mercado”.

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