O movimento dos caminhoneiros por uma tabela de preços mínimos para o frete rodoviário continuava na manhã deste sábado, 25, com 11 pontos de interdição parcial em rodovias de cinco Estados, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No Paraná e no Rio Grande do Sul rodovias estaduais também tinham manifestações, algumas com interdição de pista. A expectativa das lideranças é de que os protestos ganhem mais intensidade neste domingo (26).

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No Rio Grande do Sul, voltou a ocorrer confronto entre manifestantes durante a madrugada. Caminhoneiros que tentaram furar o bloqueio na BR-101, em Três Cachoeiras, tiveram os veículos apedrejados. Um motorista teria tentando atropelar os manifestantes. Em represália, um grupo fechou a estrada com uma barricada de pneus e galhos e ateou fogo.

A rodovia foi reaberta pela PRF com ajuda da brigada estadual. Nesta manhã (25), apenas a BR-386 tinha um bloqueio no município de Sarandi, segundo a PRF, mas ocorriam manifestações em rodovias estaduais, como na RS-155, em Santo Augusto.

No Paraná, a BR-376 estava interditada parcialmente em Apucarana, mas havia manifestações em rodovias estaduais, nos municípios de Realeza, Itaperuçu, Jardim Alegre e Marmeleiro, no interior do Estado.

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A mobilização era mais intensa em Mato Grosso, com oito pontos de bloqueios em duas das principais rodovias federais. A BR-163 tinha manifestações em Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Guarantã do Norte, e a BR-364 em Rondonópolis (dois locais), Diamantino e Alto Garças.

No Estado do Ceará, manifestantes chegaram a fechar a BR-116 em Tabuleiro do Norte. De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Damer, os protestos vão continuar até que o governo garanta uma tabela efetiva de preços mínimos.

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Segundo ele, criar apenas uma referência para os preços não seria suficiente, pois dificilmente seria aplicada pelas transportadoras. “Precisamos de uma tabela que assegure uma remuneração mínima e que seja efetivamente aplicada”, disse.

Segundo ele, uma nova reunião deve ser realizada em Brasília, possivelmente na terça-feira. Os caminhoneiros querem que a pauta inclua a redução no preço do óleo diesel, o que pode ser feito, segundo ele, através da retirada ou redução de tributos que incidem sobre o combustível.