Calheiros acusa mídia de tentar derrubá-lo

O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou há pouco que é "artificial" a crise criada com a abertura de processo contra ele sob acusação de ter pago despesas pessoais com dinheiro do lobista de uma empreiteira.

Calheiros também acusou "setores da mídia" de quererem derrubá-lo da presidência do Senado depois de falharem na tentativa de depôr o presidente da República. O senador, novamente, tentou relacionar a origem da crise a uma questão apenas referente à sua privacidade familiar:

"Que é que há contra mim? Qual é a acusação que me fazem? Que eu tive um filho fora do casamento? Eu já me penitenciei, pedi perdão. Fui perdoado por quem devia. Do que me acusam mais?

Calheiros voltou a afirmar que "não há uma prova sequer" da acusação que lhe fazem. "Eu fiz a prova contrária. Demonstrei que tirei o dinheiro da minha conta", afirmou. Acrescentou que nem ele "nem o Brasil" sabem do que ele está sendo acusado. E acusou a imprensa: "Setores da mídia que não conseguiram derrubar o presidente Lula agora querem um outro turno, derrubando o presidente do Senado.

O presidente do Senado voltou a negar que sejam frias as notas fiscais que encaminhou ao Conselho para comprovar que teve rendimentos de R$ 1,9 milhão com venda de gado e que, portanto, não teria motivo para aceitar dinheiro do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior: "As notas foram atestadas. São autênticas. Foram entregues como notas autênticas. As notas dos compradores é outro problema.

Segundo ele, o caso seria idêntico ao de uma empresa de comunicação que faz publicidade de uma casa comercial e paga os impostos, mas a empresa comercial não faz o mesmo. "Tudo o que eu fiz está absolutamente correto. Eu paguei imposto pelo número do gado vendido, pelo faturamento máximo.

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