A Justiça de Taubaté concedeu a liberdade a Florisvaldo de Oliveira, 53, o cabo Bruno, condenado a 117 anos, quatro meses e três dias de prisão após ser acusado de comandar um grupo de extermínio na zona sul de São Paulo. Os crimes ocorreram na década de 1980.

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Após cumprir 27 anos de prisão, a Justiça concedeu indulto pleno ao ex-policial – o que significa que ele não precisará cumprir o restante da pena, que foi extinta. A decisão foi tomada na tarde de hoje.

Preso em 1983, Bruno cumpria pena na penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP). A Secretaria de Administração Penitenciária de SP não informou se ele já foi liberado.

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O Ministério Público também se posicionou a favor da libertação do ex-policial. Segundo o promotor Paulo José de Palma, o parecer foi dado com base em um decreto da Presidência da República de dezembro de 2011, que permite a libertação de presos que já tenham cumprido mais de 20 anos de prisão e apresentem bom comportamento.

“Também pedi ao diretor [da penitenciária] uma declaração sobre a conduta prisional dele, e ele fez muitos elogios”, afirmou o promotor.

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Penitenciária

Após ser preso em 1983, o ex-policial tentou fugir por três vezes – foi recapturado pela última vez em 1991.

Na penitenciária, Bruno se tornou pastor. Lá, ele ajudou a construir uma capela e se casou com uma voluntária na evangelização dos presos.

Também passou a pintar telas e chegou a fazer exposições de suas obras.

Em 2009, a Justiça permitiu que ele cumprisse o restante da pena em regime semiaberto. Na última semana, foi liberado por cinco dias para passar o Dia dos Pais com a família.

A reportagem tentou localizar os advogados do cabo Bruno para comentar o caso, mas não conseguiu contato até o início da tarde de hoje.