Brasil nega presença e treinamento de terrorista

Brasília ? O Ministério das Relações Exteriores disse ter sido surpreendido pelo tom utilizado pelo conselheiro-geral do Tesouro americano, David Aufhauser, em reportagem publicada ontem pelo The New York Times, onde afirma que há financiamento e treinamento de terroristas na tríplice fronteira entre o Brasil, Paraguai e Argentina. “Não há evidência comprobatória da presença, seja de grupos, de indivíduos, ou de células adormecidas de pessoas que estariam ali escondidas que poderiam um dia ser chamadas a participar de um atentado terrorista”, disse ontem um diplomata que acompanha a área de combate a ilícitos transnacionais, falando em nome do Itamaraty.

Segundo o Itamaraty, há poucos meses, o superior de Aufhauser, o secretário-assistente do Departamento do Tesouro, Juan Carlos Zarate, esteve em Brasília para uma reunião sobre a tríplice fronteira, onde os governos dos três países e mais os EUA investigam não só o terrorismo, mas também o tráfico de armas e de drogas desde os atentados terroristas em Buenos Aires em 1992 e 1994. “Nessa reunião (Zarate) não evidenciou nenhuma das alegações apresentadas por esse funcionário”, disse o diplomata.

Em reunião em dezembro de 2002 em Buenos Aires, as delegações dos quatro países produziram um documento de consenso de que não havia naquele momento evidência comprobatória da presença de terroristas na tríplice fronteira.

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