Brasil espera abertura do Chile para aves e suínos

O governo espera conseguir até maio a abertura do mercado chileno para a entrada de carnes de aves e suínos do Brasil. Em uma reunião bilateral, que ocorreu na quinta-feira (6) em Santiago do Chile, foi agendada para o final de março uma inspeção da secretaria de agricultura chilena em frigoríficos de aves em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, Estados considerados livres da doença de Newcastle (causada por um vírus contagioso que se instala no sistema digestivo ou respiratório). "A gente espera que até maio tenha a liberação para exportar", afirmou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral.

Segundo ele, a medida é extremamente importante porque o Chile é o segundo parceiro comercial do Brasil na América do Sul e importa carne de ave dos Estados Unidos e da Argentina. Na visita ao Brasil, os técnicos irão definir os frigoríficos habilitados a exportar aves para o mercado chileno. Uma inspeção semelhante já foi realizada em fevereiro deste ano nos frigoríficos de carne suína em Santa Catarina, Estado considerado livre de febre aftosa. "Nas próximas semanas deve haver a liberação também para o Brasil exportar carne suína", informou o secretário.

Se a expectativa brasileira for confirmada, ainda ficará pendente na pauta bilateral a venda de carne bovina. O Chile suspendeu as compras do produto brasileiro desde a crise da febre aftosa em 2005. "É um mercado importante porque o Chile quase não tem produção de carne bovina", disse. São Paulo e Rio Grande do Sul já foram considerados como livre da doença, mas ainda não podem exportar a carne.

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