Caso Bruno

Bola recusa defensor público e juíza desmembra processo

Com a recusa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em aceitar a indicação de um defensor público após seus advogados abandonarem o julgamento, a juíza Marixa Rodrigues decidiu desmembrar o processo e dar um prazo de dez dias para que ele contrate novos defensores.

Já as defesas do goleiro Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, Macarrão, da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues Souza, Fernanda de Castro, decidiram seguir no julgamento.

Os advogados Ércio Quaresma e Zanone Oliveira deixaram o julgamento por não concordarem com o prazo de 20 minutos concedido pela juíza para os argumentos preliminares.

 

“Não temos a menor condição de trabalhar no julgamento em que a defesa é cerceada”, disse Quaresma – advogado que, durante a fase de instrução do processo, dormiu e chegou a roncar, sendo advertido pela juíza.

 

Macarrão deixou o plenário por volta das 15h50 após sua defesa alegar que ele estava passando, o que foi aceito pela juíza.

O goleiro Bruno chegou ao fórum por volta das 8h45, junto com seu ex-secretário Luiz Henrique Romão, o Macarrão. O julgamento deve durar de duas a três semanas, disse o promotor Henry Wagner de Castro. Além de Bruno e Macarrão vão a julgamento o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Os três vão ser julgados por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza.

Todos os réus negam a existência do crime, já que o corpo nunca foi encontrado.
Também vão ser julgados por sequestro e cárcere privado a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, e a ex-namorada Fernanda Castro.

Eliza teria morrido porque queria que o ex-goleiro do Flamengo pagasse pensão para o filho, que até então ele não reconhecia. Em um vídeo feito em 2009, quando ainda estava grávida, ela dizia que Bruno ameaçou matá-la se ela não abortasse.

Pichação

Em um muro de uma escola nas imediações do fórum, foi pichado a seguinte frase: “Bruno, me diga com quem tu andas que eu te direi quem tu és”.
O fórum foi todo isolado. Somente pessoas credenciadas podem entrar, já que o local é acanhado, com pouca estrutura para acomodar as pessoas. A sala do Tribunal do Júri fica localizada no subsolo.

Por conta dessa dificuldade de estrutura, os advogados discutiam entre eles por causa de lugar e reclamavam com a juíza da falta de tomada para ligar computadores.

Érico Quaresma, advogado do ex-policial Bola, reclamou das 53 credenciais para a imprensa, um para cada veículo, e as 20 credenciais para estudantes de direito, contra apenas 12 credenciais para os parentes – dez dos réus e dois da vítima. Os outros 120 lugares são completados por juízes, promotores e advogados.