Bloqueio de celulares em prisões exige R$ 300 milhões

Brasília (AE) – O sub-relatório sobre comunicações em presídios da CPI do Tráfico de Armas propõe investimentos de R$ 302,5 milhões do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) na instalação de bloqueadores de celulares em 600 penitenciárias do país em dois anos. O fundo, segundo a CPI, arrecadará cerca de R$ 4 bilhões no biênio 2007-2008.

Pelos cálculos do sub-relator Júlio Semeghini (PSDB-SP), a implementação de sistemas de bloqueio de celulares varia de R$ 300 mil, nos casos de cadeias menores, a R$ 1 milhão para ?presídios de grande porte situados em áreas com cobertura de todas as operadoras, em todas as faixas de freqüência e localizados dentro ou muito próximo de centros urbanos?. A proposta é de instalação dos aparelhos em quatro ou cinco presídios ao custo de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões.

O principal documento que embasa o relatório final da CPI no capítulo sobre Comunicações em Presídios é o inquérito que investiga a participação de advogados de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na onda de rebeliões e ataques a policiais entre maio e junho deste ano. Os parlamentares descobriram também funcionários de empresas de telefonia que providenciavam chips para garantir créditos aos celulares que já estavam nas cadeias. 

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