Bióloga que inspirou processo no STF fraudou currículo

A bióloga molecular que inspirou o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles a entrar com uma ação de inconstitucionalidade (Adin) contra as pesquisas com células-tronco embrionárias (CTEs) no País não possui vínculo oficial com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), instituição da qual se dizia pesquisadora. Lilian Piñero Marcolin Eça é uma das principais opositoras dos estudos com embriões humanos e foi, inclusive, uma das ?especialistas? convocadas pela Procuradoria-Geral da República para depor sobre o assunto em audiência do Supremo Tribunal Federal (STF) em abril.

Em seu currículo da Plataforma Lattes, indexado ao banco de dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Lilian afirmava ser pós-doutoranda da Unifesp, com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Segundo apurou o jornal O Estado de S.Paulo, porém, nem a universidade nem a Fapesp têm registro da cientista.

A pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp informou que Lilian não está matriculada na instituição. Ela completou um doutorado em Ciências Biológicas em 2004, mas desde então não possui vínculo profissional ou acadêmico com a universidade – apesar de ainda colaborar com professores da instituição. A Fapesp informou que nunca concedeu bolsa a Lilian.

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