Bernardo prevê ?grande turbulência?

O ministro do Planejamento e Orçamento, Paulo Bernardo, disse ontem em Curitiba que, apesar de as denúncias feitas pelo empresário Sebastião Buani contra o presidente da Câmara, deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE), serem ?muito fortes?, é possível que ?fique a palavra dele (deputado) contra a palavra do empresário?. ?Vamos ter um período de grande turbulência?, previu. ?É uma situação dramática porque não é um parlamentar qualquer, mas o presidente da Câmara dos Deputados. A denúncia tende a ser tratada com muita paixão e não é simples resolver isso.?

Bernardo reconheceu ser muito difícil o governo querer que o Congresso Nacional ignore a crise e passe a votar os projetos que são de seu interesse. ?O governo não tem o que fazer a não ser esclarecer o que for indagado e assistir?, resignou-se. ?Não tem como interferir.? Mas ele acredita que até o fim do ano esteja tudo resolvido. Por isso, tem procurado assegurar que, na seqüência, as votações sejam retomadas rapidamente, entre elas a da segunda fase da reforma tributária, que unifica o ICMS. ?Está há três ou quatro meses parado, esperando a votação na Câmara?, lamentou. Apesar das denúncias que, reconhece, afetaram a imagem e a credibilidade do PT, o ministro afirmou que, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida-se pela reeleição, ?será um candidato forte?.

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