Batalha de camelôs no centro de São Paulo

São Paulo – A cidade de São Paulo viu ontem mais um dia tumultuado e de conflito envolvendo ambulantes, sem-teto e funcionários públicos federais. No conflito entre policia e camelôs um comerciante ficou ferido. Logo no início da manhã camelôs realizaram manifestações na região da 25 de Março, na região central. A Força Tática da Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os ambulantes. Com medo, lojistas fecharam as portas na região. Durante o tumulto, os camelôs da região receberam reforço de colegas de outras áreas, como Brás e Parque Dom Pedro.

Alguns ambulantes tentaram montar suas barracas e foram flagrados pela fiscalização. Outros, ao verem a aproximação da polícia, saíram correndo. Grupos de camelôs também interditaram a Rua Carlos de Souza Nazaré e a Avenida Senador Queiroz. Funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) montaram desvio pela Rua Barão de Duprat. Um ambulante foi detido pela PM e levado para a delegacia para averiguação. Segundo a polícia, a situação foi normalizada nesta tarde.

Desde a última segunda-feira, fiscais, guardas-civis metropolitanos e PMs fazem plantão na rua para impedir que os ambulantes montem suas barracas. Conforme decisão da Justiça, a prefeitura tem até o próximo dia 19 para organizar o comércio ambulante no centro. Se a decisão não for cumprida, terá de pagar multa diária de R$ 10 mil.

Sem a presença de camelôs, o crime caiu mais de 60% nos últimos dias na região central de SP. A afirmação é do delegado Mário Jordão Toledo Leme, da Seccional Centro. Em média, os distritos registravam de 10 a 12 furtos por dia. Sem os ambulantes, o índice caiu para 2. Para o delegado, onde existe camelôs há baderna, desentendimento, ladrão, furto, roubo e tráfico de drogas. “As barracas nas calçadas impedem as pessoas de caminhar e a polícia de observar, perseguir e prender.”

Voltar ao topo