O Brasil quer antecipar a fase de testes em humanos da vacina contra o vírus da zika, que estava previsto para ter início em um ano, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira, 26, em Washington. Segundo ele, o objetivo do governo é concluir o processo em dois anos, quando a vacina começaria a ser produzida no Brasil pela Fiocruz e colocada no mercado. Antes disso, na fase de testes, ela será fabricada pela empresa americana GE Healthcare, em parceria com a Fiocruz.

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Quando estiver pronta, a imunização será oferecida a todas as pessoas que queiram se proteger do vírus da zika, afirmou o ministro. Mas ele ressaltou que o público principal são mulheres que tenham planos de engravidar, já que a doença pode provocar microcefalia nos fetos.

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Barros pediu na segunda-feira, 25, apoio do secretário de Saúde dos Estados Unidos, Tom Price, para antecipar a fase de testes em humanos. Na semana passada, foram publicados os estudos que mostraram a eficácia da vacina em macacos e camundongos.

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“Identificaram vários problemas, como esterilidade, que não eram identificados antes”, disse o ministro em relação aos testes em animais. “A vacina permite reduzir muito os impactos da infecção pelo zika, evitando que haja sequelas para as pessoas que receberem a vacina.”

O ministro observou que a Fiocruz não tem, no momento, estrutura para criar o banco de células master que serão usadas na fabricação do produto, que foi desenvolvido pelo Instituto Evandro Chagas em parceria com as universidades do Texas e de Washington e o National Institutes of Health (NIH), o principal centro de pesquisa médica do governo dos EUA.

Barros esteve em Washington para participar de reunião da Organização Paramericana de Saúde (Opas), o organismo regional da Organização Mundial de Saúde (OMC).

Mais Médicos

O programa Mais Médicos foi discutido por Barros com representantes do governo cubano. De acordo com o ministro, o número de médicos da ilha caribenha enviados ao Brasil será de 8.000 a partir de outubro. A meta é reduzir o contingente a 7.400 até 2019. No ano passado, havia 11,4 mil médicos cubanos no programa. A redução é compensada pelo aumento proporcional da parcela de profissionais brasileiros, ressaltou Barros.