Banco do Brasil patrocinou curso do MST, mas organizadores negam

O Banco do Brasil patrocinou com R$ 50 mil um curso de formação e capacitação de famílias acampadas e assentadas e de suas lideranças, entre os dias 14 e 17 deste mês, em Brasília. O evento, no Estádio Mané Garrincha, aconteceu na semana em que o Movimento dos Sem-Terra (MST) promoveu manifestações pelo País para lembrar os 12 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA) quando 19 trabalhadores rurais foram mortos por policiais militares.

O Banco do Brasil explicou que financia R$ 12 bilhões para a agricultura familiar – dentro dos programas do Pronaf – e, por isso, é de seu interesse ajudar na capacitação e formação dos pequenos agricultores. Funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) negaram que o patrocínio tenha ocorrido. Conforme Jussara Martins, da Associação dos Servidores do Incra, foi um curso de formação e os professores e expositores não cobraram nada.

Segundo Jussara, a alimentação e a hospedagem dos participantes foram custeadas pelo Fórum Nacional da Reforma Agrária, que coordenou o curso. A assessoria do Banco do Brasil, no entanto, informou que a contrapartida ao patrocínio foi a impressão da logomarca da instituição em todo o material do curso.

A Fundação Lyndolpho Silva foi a organizadora do evento e seu diretor-presidente, Alberto Broch, disse não ter informações sobre os patrocinadores.

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