Atropelador de Sorocaba (SP) diz que não estava bêbado

O empresário Mauro César Mendes Rocha, de 32 anos, que invadiu um posto ao volante de uma caminhonete, atropelou três pessoas e matou uma delas, sábado (28), em Sorocaba, no interior de São Paulo, disse nesta segunda-feira (30) que não estava embriagado. "Passei o dia todo trabalhando e, quando ia para casa, tomei só uma latinha de cerveja". O teste do bafômetro, feito após o acidente, registrou uma taxa de 0,65 miligrama de álcool por litro de ar.

Autuado em flagrante, Rocha pagou fiança de R$ 1,2 mil e foi liberado. Pela Lei Federal 11.705, em vigor desde o dia 20, o motorista flagrado com 0,3 miligrama de álcool ou mais por litro de ar expelido no aparelho responderá a processo-crime por dirigir embriagado. O empresário alegou que tinha passado o dia todo sem comer e, por estar como estômago vazio, o álcool da bebida apareceu no teste. "Não tive tempo nem de almoçar". O exame clínico, feito no Instituto Médico Legal (IML), ainda não foi encaminhado à Polícia Civil.

Rocha, que é dono de uma marcenaria no bairro do Éden, onde ocorreu o acidente, sustenta a versão de que teria sido fechado por outro carro, de cor vermelha. "Ele cortou a minha frente e, quando manobrei para evitar a batida, perdi o controle". A caminhonete F-250 invadiu o posto de abastecimento, bateu em dois carros e atropelou um grupo de pessoas que estava no local. José Clóvis Tomaz, de 43 anos, e José Eduardo Rodrigues de Melo, de 43, ficaram feridos. O vendedor Marcelo Eduardo da Silva, de 37 anos, foi arrastado pelo automóvel e prensado contra uma parede. Levado ao Hospital Regional da cidade, morreu neste domingo (29). O corpo de Silva foi enterrado nesta segunda-feira no Cemitério da Consolação. O vendedor era casado e pai de um garoto.

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