Atrasos de mais de uma hora estão menores, revela Anac

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que, embora em patamares ainda não ideais, os indicadores de atrasos de vôos superiores a uma hora nunca tiveram média percentual melhor do que agora. De acordo com nota divulgada pelo órgão, isso significa que o usuário está saindo e chegando dentro dos horários previstos.

Semanalmente, a Anac divulgará os índices de atrasos e cancelamentos para que possam ser feitas as comparações. Na semana de 3 a 9 de setembro, incluindo o feriado prolongado de 7 de Setembro, por exemplo, os percentuais de atrasos superiores a uma hora e os de cancelamentos foram de 10% nos dois casos. Em 2003, a média de atrasos foi de 14% e de 19% de cancelamentos. No ano seguinte, os atrasos subiram para 16% e os cancelamentos recuaram para 12%. Em 2005, os atrasos chegaram a 19% e os cancelamentos caíram para 10%.

Já em 2006, quando ocorreu o acidente entre o jatinho Legacy e o avião da Gol, em 29 de setembro, os atrasos acumulados no ano chegaram a 20% e os cancelamentos a 13%. Em 2007, até 22 de junho – quando o Comando da Aeronáutica deslocou controladores de vôos da Defesa Aérea Nacional para a Aviação Civil -, os números saltaram para 25% de atrasos e 14% de cancelamentos.

A partir de 22 de junho de 2007, conforme demonstram as apurações da ANAC, os índices percentuais de atrasos de vôos foram caindo, o mesmo ocorrendo com os de cancelamento. A exceção ficou por conta dos dias subseqüentes ao acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho, quando o Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, foi interditado. Em seguida, os índices percentuais continuaram recuando.

Os cancelamentos só não caíram mais pelo fato de os horários de transporte (Hotrans) do Aeroporto de Congonhas continuarem em vigor embora diversos vôos tenham sido remanejados para o Aeroporto Internacional Governador André Franco Montoro, em Cumbica, Guarulhos, para o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, e outros aeroportos. Congonhas teve uma redução de 25% nos movimentos hora de pouso e decolagens, caindo de 44 para 33 movimentos por hora.

De acordo com os números apurados pela Anac, desde 30 de julho de 2007, os indicadores de atrasos e cancelamentos são inferiores à média histórica, que mostram índices elevados e exigem investimentos em infra-estrutura aeronáutica e aeroportuária para a superação completa das dificuldades históricas do setor aéreo brasileiro. Conforme, ainda, a Anac, o chamado ‘apagão aéreo’, ou seja, atrasos e cancelamentos acima das médias por hora, está ultrapassado para os usuários da aviação comercial.

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