Os dois únicos brasileiros reconhecidos pelo Ofício Francês de Proteção aos Refugiados e Apátridas (OFPRA), os ex-petistas Bruno Daniel e Marilena Nakano, irmão e cunhada do ex-prefeito da cidade do ABC paulista Santo André Celso Daniel – assassinado em 20 de janeiro de 2002 -, estão querendo voltar ao Brasil. Acompanhado de seus três filhos desde março de 2006, eles se encontram instalados na França como refugiados políticos, oficialmente reconhecidos pelo Estado francês.

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Isso ocorre em pleno regime democrático no Brasil, tendo sido conduzidos a essa situação durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, eleito pelo PT, partido do qual eram militantes. A morte de seu irmão continua um mistério, depois de ter sido relacionada a um esquema de arrecadação de propina entre empresas de ônibus, de construção civil e de coleta de lixo de Santo André para financiar as campanhas eleitorais do partido.

Bruno e Marilena não abdicam, contudo, do direito de saber toda a verdade sobre a morte de Celso Daniel e pretendem levar a apuração até o fim. Em 2006, eles foram os dois únicos casos de brasileiros que receberam o título de refugiados políticos na França. As autoridades francesas não hesitaram em atender ao pedido de asilo do casal diante do relatório que cita até ameaças de morte

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