Arrastões em prédios de São Paulo mobilizam comunidades

A onda de arrastões em prédios de classe média de São Paulo provocou mobilização dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Com medo de novos ataques das quadrilhas, presidentes das entidades têm organizado reuniões extras, entregado cartilhas de segurança aos moradores e funcionários e já treinam grupos de porteiros em batalhões da Polícia Militar. Desde janeiro, foram registrados sete casos de arrastão na cidade.

Os mais recentes aconteceram no último fim de semana, no Paraíso, zona sul, e no Brás, no centro. Por isso, aumentar o número de porteiros treinados é uma das metas de Sérgio Lucon, presidente do Conseg Monções, na região do 96º Distrito Policial (Brooklin), zona sul. “É muito fácil entrar num condomínio. É preciso uma conscientização para minimizar isso.” Segundo Lucon, no fim do ano passado, grupos de porteiros foram treinados no 12º Batalhão (Aeroporto). “Mas tem síndico que prefere não mandar para não ter a falta do funcionário no prédio”, lamenta.

O comandante do batalhão da área, Vitor Ivo Fett, confirma os treinos. “Se o Conseg pedir estamos com tudo pronto. São palestras, filme e ilustrações”, diz. Nos Jardins, onde um prédio foi alvo de ladrões neste ano, a presidente do Conseg, Maria Thereza Cabral, diz que já ganhou até prêmio por treinamento de porteiros. “Pretendemos fazer um novo curso.”