Apuração aponta para crime de encomenda

Brasília – As investigações da Polícia Federal indicam que as mortes dos três fiscais e o motorista do Ministério do Trabalho, há três meses, em Unaí (MG), foram a mando de fazendeiros da região. A PF já tem o nome de alguns suspeitos e trabalha com três linhas de apuração.

Duas delas levam a “poderosos”, segundo o delegado Antônio Celso dos Santos, que trabalha no caso. Ontem, Santos, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, e outros dois delegados estiveram na comissão especial da Câmara que acompanha a apuração da morte dos fiscais Nelson José da Silva, Erastótenes de Almeida e João Batista Soares Lage e do motorista Aílton Pereira de Oliveira, em 28 de janeiro.

“Estamos no caminho certo. A greve, com certeza, atrapalhou os trabalhos, mas a elucidação deste crime é nossa prioridade”, afirmou Lacerda. Segundo ele, os delegados tiveram que fazer as investigações que caberiam aos agentes, principalmente na área de inteligência. O diretor-geral da Polícia Federal afirmou que, caso necessário, a Polícia Civil do Distrito Federal será convocada a ajudar na apuração do caso. “Existem realmente pessoas poderosas sendo investigadas”, disse Lacerda.

Prisões

O delegado Santos afirmou que a PF analisou em torno de 93 mil informações e dados, direcionando as investigações para 30 delas e concluiu que há 90% de chance de o crime ter sido a mando de alguém, não assalto, como chegou a ser cogitado.

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