Aprovação a Lula cai ao fim do 1.º semestre

Brasília

– A aprovação ao governo Lula baixou para 70% em junho, em relação aos 75% verificados em março. A informação consta de pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem. O grau de desaprovação subiu de 13% para 18%. Com relação à avaliação do governo, 43% consideraram ótimo ou bom, contra os 51% de março. A avaliação regular passou de 36% para 38% dos consultados e 11% avaliaram como ruim ou péssimo, contra 7% na pesquisa anterior.

Mesmo com a relativa piora, o levantamento mostra que a avaliação do governo Lula é melhor do que a dos antecessores no primeiro semestre de administração. No mesmo período, os percentuais de ótimo/bom obtidos por José Sarney (36%), Fernando Collor (35%), Itamar Franco (21%), Fernando Henrique, no primeiro mandato (40%), e Fernando Henrique, no segundo mandato (16%), não ultrapassam os 43% de Lula. Entre as expectativas econômicas, a pesquisa mostra um quadro melhor. Enquanto 61% acreditavam em março que a inflação iria aumentar, eles são agora 36%. Já a expectativa de aumento do desemprego caiu de 56% para 42%.

A pesquisa CNI / Ibope foi realizada entre os dias 19 e 23 de junho com dois mil entrevistados, em 145 municípios de todos o país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O melhor resultado das ações do governo até agora está no combate à fome e à pobreza. A opção foi assinalada por 50% dos 2 mil entrevistados na pesquisa Ibope encomendada pela CNI em junho. O pior resultado está no combate ao desemprego, apontado por 30% dos consultados. Seguem-se a segurança (29%) e ações na saúde (16%).

A parcela dos entrevistados que considera a promoção do crescimento e do emprego como a maior prioridade do governo aumentou de 43% em março para 52% em junho. Os que consideram o controle da inflação como prioridade baixaram de 24% para 16%. Outras alternativas citadas e que mantiveram relativa estabilidade foram a melhora dos salários e das condições sociais.

Apesar da pequena queda na aprovação do governo e da imagem positiva do presidente, a população está mais otimista com o rumo da economia do que há três meses. O percentual daqueles que acreditam que a inflação vai aumentar baixou de 61% em março para 36% em junho, enquanto a parcela que aguarda queda da inflação passou de 14% para 32%. Quanto ao desemprego, 32% esperam diminuição (contra 20% em março) e 42% aguardam aumento (eram 56% há três meses). Questionados sobre a perspectiva de renda das pessoas em geral, 38% consideram que a renda vai se manter igual, mesmo percentual de março. Aqueles que consideram que vai subir passou de 26% para 32% e desceram de 29% para 22% os que acreditam que vai diminuir.

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