Natália Ponte voltou a ser ouvida pela Polícia Civil menos de um dia após deixar a cadeia. Na tarde desta quinta-feira, 12, ela compareceu na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Ribeirão Preto, onde prestou depoimento por mais de três horas. Era 17h quando ela deixou a delegacia numa viatura e seu pai saiu sozinho de carro pouco depois. Ela confirmou ao delegado que acredita que Guilherme possa ter matado o menino.

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A mãe do menino Joaquim, morto no dia 5 do mês passado, novamente não quis falar com a imprensa. Seu advogado, Cássio Alberto Ferreira, diz que sua cliente é a pessoa mais interessada em esclarecer a morte do filho o mais rápido possível. Ele não informou o que foi dito à polícia, apenas que ela manteve o que já vinha falando, inclusive, que acredita que o companheiro possa ter matado o menino.

A psicóloga de 29 anos deixou a cadeia após obter um habeas-corpus do Tribunal de Justiça de São Paulo. O TJ levou em conta, entre outras coisas, o fato de estar colaborando nas investigações e ter um filho de quatro meses que necessita de seus cuidados.

Após ser solta no final da tarde desta quarta-feira, 11, Natália foi levada para a casa de parentes em local não revelado por medida de segurança. Ela estava presa desde o dia 10 de novembro, quando o corpo de Joaquim foi encontrado boiando no rio. Guilherme foi preso na mesma data e, com base no recurso que colocou a psicóloga na rua, ele também pode ganhar a liberdade.

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Esta tese é defendida por seu advogado, Antônio Carlos de Oliveira, que encaminhou ao Tribunal de Justiça de São Paulo solicitação para que estenda a Guilherme o benefício concedido à Natália. O pedido foi protocolado na tarde desta quarta, após a Justiça negar um agravo regimental com a mesma finalidade. Para o defensor, a fundamentação para soltar Natália foi genérica. “Então, os mesmos motivos também servem para o meu cliente”, argumenta.

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Investigação

Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, desapareceu de sua casa em Ribeirão Preto no dia 5 do mês passado e seu corpo foi localizado no Rio Pardo, em Barretos, cinco dias depois. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a criança, que fazia tratamento contra diabete, tenha sido morta com uma dose excessiva de insulina.

Uma embalagem com 30 unidades do medicamento desapareceu, mas Guilherme Longo alega que injetou a substância nele mesmo durante uma crise de abstinência de cocaína. Nesta quinta, 12, a polícia ouviu o depoimento de um homem que diz ter sido agredido pelo padrasto de Joaquim. Guilherme já havia sido definido como agressivo por sua própria irmã em depoimento na semana passada.