Setenta e três índios xavantes estão internados na Casa de Apoio à Saúde do Índio (CASAI) em Campinápolis (MT) . No hospital municipal estão internadas oito crianças em estado “crítico”, disse o secretário municipal de saúde de Campinápolis, João Ailton Barbosa. A maioria com pneumonia, desnutrição e desidratação.

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A denuncia publicada no jornal O Estado de S. Paulo no último final de semana alertou as autoridades para as mortes dos índios Xavantes. Nos sete primeiro dias de janeiro, oito xavantes morreram por falta de assistência médica. Das 2000 crianças nascidas em 2010, 60 morreram em decorrência de doenças respiratórias, parasitárias e infecciosas.

Barbosa acredita que este número possa ser bem maior. “Os índios estão abandonados nas aldeias. Estes dados são apenas dos casos que chegam à sede do município”, observou Barbosa. “Não tem agentes de saúde, as equipes estão incompletas”, confirmou.

O hospital de Barra do Garças, a referência para Campinápolis, segundo Barbosa, está com falta de pediatra e não quer mais atender as crianças indígenas. “Uma ambulância está parada no pátio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) por causa da correia do alternador que deve custar no máximo R$ 25 e ninguém toma providência”.

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Histórico

Após denúncia do jornal, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Seasi) divulgou nota informando que já teria tomado “ações para melhoria da saúde indígena dos Xavantes”. De imediato, o órgão assinou convênio com a ONG Organização Nossa Tribo (ONT) no valor de R$ 2,07 milhões para a contratação de mais 104 profissionais que se juntaram ao quadro atual que possui 400 funcionários. No total, segundo o órgão, serão 504 funcionários atendendo os Xavantes.

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