Após crimes, Alckmin diz que SP vive “meses difíceis”

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou hoje que os meses de junho e julho estão sendo “difíceis” em relação à criminalidade. Ele destacou que o aumento da violência ocorre como uma resposta dos traficantes à intensificação da ação da polícia em pontos de tráfico.

Ontem, a Secretaria da Segurança Pública divulgou os dados da violência no Estado no primeiro semestre do ano, e a capital registrou um novo aumento no número de homicídios – o quarto seguido – e encerrou o primeiro semestre com alta de 21,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram registrados 586 casos de homicídio doloso (com intenção) de janeiro a junho, contra 482 no mesmo período de 2011. O número de mortos chegou a 622 – aumento de 21,2% (já que há ocorrências com mais de uma vítima, como chacinas).

Considerando apenas o mês de junho, a alta no número de casos foi de 47% – conforme antecipado pela Folha – e no número de vítimas foi de 49% – 134 morreram assassinadas em 2012 contra 90 em junho do ano passado.

Apesar dos números, Alckmin também apontou que o índice criminalidade na capital é melhor hoje do que há dez anos e bem melhor que os índices nacionais. Mesmo assim, ele ressaltou que colocará mais PMs nas ruas, já que 900 novos soldados se formaram na semana passada. 435 são apenas para a região metropolitana.

Entre a noite de ontem e a madrugada desta quinta-feira, seis pessoas foram assassinadas em três pontos da zona norte de São Paulo. Outras duas pessoas ficaram feridas e estão internadas. Nenhum suspeito foi preso pelos crimes.

Comandante

O coronel Roberval Ferreira França, comandante geral da PM (Polícia Militar), publicou hoje uma carta em seu Facebook afirmando que a corporação não vai se “acovardar” diante dos ataques contra policiais em São Paulo.

De acordo com o texto, a eficiência da PM incomoda algumas pessoas, que tentam “atacar e enfraquecer” a corporação.

O coronel afirma, por meio da carta, que em 2012 “mais de 50 policiais militares [foram] assassinados covardemente e temos hoje mais de 5 mil policiais militares que ficaram inválidos na luta contra o crime. Mesmo assim não iremos nos acovardar. A Polícia Militar de São Paulo continuará sendo a força e a proteção das pessoas de bem que vivem em nosso Estado”.

Voltar ao topo