Aplicativo de táxi vira hit na noite paulistana

Quem sai à noite em São Paulo sabe que chamar um táxi depois das 22 horas exige paciência. As centrais de tele ou radiotáxi têm espera de até 50 minutos – e não é todo mundo que se sente seguro em chamar um táxi na rua. Com a chegada dos aplicativos para smartphone que encontram o táxi mais perto do passageiro, isso vem mudando.

Hoje, cerca de 20% dos 33 mil taxistas de São Paulo usam os principais aplicativos do mercado. Paulistanos contam que a espera pelo táxi chamado com essa tecnologia não passa dos dez minutos.

Para as empresas que desenvolvem os aplicativos, o movimento da noite já representa mais da metade das chamadas. “Percebemos que, quando um usuário testa o serviço pela primeira vez, geralmente é à noite”, comenta Sandro Barretto, do aplicativo Taxibeat.

O serviço dos “pontos de táxi eletrônicos”, como são chamados, começou em São Paulo em meados do ano passado, mas só agora começa a virar tendência. O cofundador do aplicativo 99Táxis, Paulo Veras, diz que mais de 50% das corridas são feitas à noite.

“De dia, nada mais rápido do que acenar para um táxi. Mas à noite funcionamos como um cupido entre o passageiro e o taxista mais próximo.” O sistema funciona por GPS. O usuário visualiza em um mapa os táxis da redondeza e chama um deles.

Dá para acompanhar o trajeto do taxista e, se for o caso, cancelar a chamada. “Em São Paulo, os passageiros são mais responsáveis e a taxa de cancelamento é mínima”, diz Tallis Gomes, CEO da Easy Taxi, que diz tratar casos de cancelamento – tanto da parte do taxista quanto do passageiro – como um “evento”. “Ligamos para 100% dos que cancelaram uma corrida para entender o motivo. Quando há um caso de desrespeito, banimos o usuário.”

As empresas afirmam garantir a segurança dos passageiros exigindo toda a documentação do taxista cadastrado: alvará, cadastro profissional na Prefeitura e foto.

“Existe ainda um call center de retaguarda tanto para o passageiro quanto para o motorista”, explica Nathan de Vasconcelos Ribeiro, da Taximov, que não é aplicativo, mas um sistema para chamar táxi via internet. “É tão comum como ligar para um taxista. O que mudou foi que, em vez da voz no telefone, os detalhes da corrida ficam no computador ou no celular.”