Apesar de tudo, País está na onda

São Paulo – O jornal britânico Times, publicou no fim de semana, na capa do suplemento Style, reportagem especial sobre o Brasil, que mistura moda e comportamento. “Intitulada Grande no Brasil – Guia para o País Mais Quente da Terra, destaca “por que o Brasil é o país mais quente do momento”, como define o jornal inglês. Sucessos do cinema como Cidade de Deus e Carandiru (que estréia semana que vem na Grã-Bretanha) e a música de Bebel Gilberto (filha de João Gilberto e brasileira que mais vendeu CD no exterior) são alguns motivos para isso, diz o Times.

A reportagem descreve hábitos brasileiros ligados ao sexo, como freqüentar motéis, ir à praia para paquerar, fazer cirurgias plásticas para aumentar os seios ou malhar para ficar com o “bumbum redondo e grande, o preferido dos homens”. “Quanto maior e redondo, melhor”, diz a reportagem. Dicas de comportamento também aparecem. No Brasil, diz o Times, não se usa toalha para sentar na areia, só canga. O Times cita o sucesso das telenovelas e das churrascarias e as diferenças de classe que “permitem que famílias de classe média tenham empregada e não saibam cozinhar nem fazer a cama”.

“O Brasil ainda pode não ser o país do futuro, mas caminha para isso”, diz. Segundo o jornal, a diversidade cultural, racial e social do Brasil, aliada a sua distância geográfica das grandes potências, contribui para tornar as manifestações culturais do País mais interessantes.

E não é só o Times que se encanta com o Brasil. O País recebe elogios também do JP Morgan. “Política monetária é como lavar louça: tem que lavar todo dia. Experimente não lavar um dia e você vai ver a confusão na cozinha”. A frase foi dita pelo presidente do JP Morgan Chase International, Andrew Crockett. Ele falava sobre o Brasil, país que está dando exemplo de rigor.

Ele disse que o governo brasileiro está no caminho certo ao manter o controle das políticas fiscal e monetária, apesar das pressões para um relaxamento que abriria espaço para o crescimento econômico. “Me sinto confortável em dizer que vemos um grande futuro brilhante e muitas oportunidades no Brasil. Não será fácil. O Brasil não vai se tornar uma China da noite para o dia, com crescimento de 8%, mas é um país com muito potencial, todo mundo sabe”, afirmou.

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