Dos 146 corpos registrados pelo IML até às 19h30, 12 haviam sido identificados, segundo o superintendente da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, Celso Periolli, as próximas identificações devem ser mais difíceis. "Vamos entrar numa fase de maior dificuldade", disse Periolli. "Os corpos estão num grau de carbonização muito alto." Por isso, o superintendente disse não ser possível prever quando terminarão os trabalhos de identificação.
Nove corpos foram identificados pela impressão digital antes do meio-dia porque não estavam tão carbonizados. Desses, cinco já foram liberados para sepultamento. Periolli afirmou que as próximas identificações terão de ser feitas com base em informações passadas pelos familiares das vítimas. "Vamos fazer uma triagem em busca das características físicas." Detalhes da arcada dentária, pinos nos ossos, tatuagens, piercings, anéis, relógios ou vestimentas podem ajudar na identificação. O IML está tirando raios-X dos corpos para facilitar a identificação.
"Se nada disso funcionar, o reconhecimento terá de ser feito por meio de exame de DNA, mais complexo e demorado." É um trabalho técnico-científico que não pode ser atropelado, disse o superintendente. "Não podemos fugir dos procedimentos-padrões. Periolli disse que os trabalhos de identificação não serão interrompidos. Durante a tarde, cerca de 50 pessoas chegaram a estar envolvidas no trabalho.
O dia foi de angústia para os familiares das vítimas. Eles tiveram que se dirigir ao Aeroporto de Congonhas para responder a um questionário sobre as características físicas dos mortos, para facilitar a identificação. esses dados eram passados para a equipe de legistas do IML, que procurava corpos com as características descritas. os familiares, então, eram chamados para fazer a identificação, por meio de fotos ou pessoalmente.
