Antonio Palocci anuncia nome do Banco Central

Nova York 

– O coordenador da equipe de transição, Antonio Palocci, futuro ministro da Fazenda, disse que há a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva anunciar hoje o nome do indicado para a presidência do Banco Central. Palocci deu as declarações em Nova York.

O presidente eleito chega nesta quinta-feira ao Brasil, após passar por EUA e México. Antes, em Washington, Palocci já havia declarado que o problema da escolha do presidente do Banco Central “já estava resolvido”. Nas duas ocasiões, o futuro ministro não deu detalhes sobre quem seria o novo dirigente da autoridade monetária do País. Reafirmou apenas que vai ser uma pessoa capacitada para o cargo.

Nas duas ocasiões, o futuro ministro não deu detalhes sobre quem seria o novo dirigente da autoridade monetária do país. Reafirmou apenas que vai ser uma pessoa capacitada para o cargo. Palocci assinalou, ao ser indagado sobre o fato de que vai administrar a economia do Brasil e também o BC (já que o órgão é subordinado à sua futura pasta), que terá uma responsabilidade muito grande na função que começa a desempenhar a partir de janeiro de 2003: – Sem dúvida, é uma responsabilidade enorme – resumiu.

Palocci foi a Nova York para encontros com personalidades do mundo financeiro de Wall Street e do governo norte-americano – entre elas o presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York, William McDonough. Sobre esses contatos, Palocci disse que foram solicitados por dirigentes do banco, interessados em se informar sobre os novos rumos da economia brasileira a partir de 2003. -Vou ter um diálogo com pessoas do sistema financeiro. Ele (o presidente do Fed-NY, William McDonough) pediu para que conversássemos sobre o programa econômico do PT e sobre como vamos implementá-lo.

Independência

O futuro ministro da Fazenda disse que seu relacionamento com o novo presidente do Banco Central será de trabalho. “Mas cada um vai exercer a sua função. O presidente do Banco Central vai presidir a sua equipe, tomar suas decisões e delegar sempre com toda a equipe econômica.”

Questionado se isso significaria um Banco Central independente, Palocci disse que não. “Nós não acreditamos que o BC deva ser independente, mas acreditamos que um nível de autonomia operacional é possível consolidar. Isso tem se mostrado importante no Brasil e para que o BC possa realizar a sua política monetária, precisa ter um nível de autonomia.

Fraga e Malan colaboram na definição

Brasília

(AE) – Até o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o ministro da Fazenda, Pedro Malan, entraram no circuito na tentativa de ajudar a resolver o grande dilema atual do novo governo: a escolha do futuro presidente do BC. Mais exatamente, eles tentam convencer o presidente do Banco Icatu, Pedro Bodin, a aceitar o cargo.

Segundo informou uma fonte que participa das negociações Bodin diria sim mediante o atendimento de algumas condições. A primeira delas seria o compromisso de aprovação da emenda constitucional que permite a regulamentação por várias leis complementares do artigo 192 da Constituição, que trata do funcionamento do sistema financeiro, e o encaminhamento no início do ano ao Congresso do projeto de lei que concede autonomia operacional ao BC.

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