Anac propõe criação de poltronas para obesos e altos

Depois das críticas feitas pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim ao pouco espaço reservado para os assentos nos aviões, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) instaurou ontem consulta pública para definir novas regras e ampliar as poltronas de passageiros. Na exposição de motivos, a Anac afirma que a aprovação das novas poltronas garantirá que ?a instalação entre os assentos de passageiros em aeronaves proporcionará um nível de segurança adequado ao ocupante, bem como benefícios ao passageiro, operador e à economia brasileira?.

O aviso de consulta pública foi publicado no Diário Oficial da União de ontem e é assinado pelo presidente da Anac, Milton Zuanazzi. Valerá para aviões com capacidade para 100 ou mais passageiros. A medida deixa claro que já passaram a prevalecer no órgão as posições do ministro Nelson Jobim, que recebeu carta branca do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tomar as decisões que considerar necessárias para resolver a crise do sistema aéreo nacional.

Pelo estudo da Anac, seriam criados duas subclasses dentro da classe econômica dos aviões. Os ?assentos diferenciados tipo 1? seriam destinados a pessoas consideradas obesas – com índice de massa corpórea acima de 40 kg por metro quadrado, o equivalente a uma pessoa de 1,70 m e 115 quilos. Já os ?assentos diferenciados tipo 2? teriam como público-alvo pessoas com estatura superior a 1,90 metro. Em ambas as configurações, a distância entre as poltronas seria de 81,28 centímetros. Hoje, as grandes empresas adotam, em média, 77,5 cm. A agência propõe que a largura desses assentos seja de 46,99 cm – ante os atuais 30,48 cm. Seriam quatro poltronas do ?tipo 1? e outras quatro do ?tipo 2?. As demais seguiriam a especificação limite – 68,58 cm de distância.

As empresas se comprometeram a avaliar a idéia e fazer sugestões. ?Vamos estudar todas as alternativas, mas posso garantir que nosso objetivo é colaborar?, afirmou o vice-presidente de Planejamento da TAM, Paulo Castello Branco. Questionado sobre o impacto da medida nos preços das passagens, ele disse ser prematuro fazer qualquer previsão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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