Alunos da UnB protestam contra posse de vice-reitor

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) pedirão em protesto na tarde desta sexta-feira (11) a renúncia do reitor Timothy Martin Mulholland, a saída do vice Edgar Mamiya – que assumiu nesta quinta-feira (10) a administração da universidade – e de outros cinco decanos. Aos cerca de 300 alunos que ocupam desde quinta-feira da semana passada o prédio da Reitoria da UnB, se juntarão universitários que aderiram à uma paralisação estudantil, que começou nesta sexta-feira (11).

"Queremos a saída da cúpula da UnB e a convocação de eleições paritárias para os cargos da administração", disse o coordenador de Assistência Estudantil do DCE, Sérgio Lopes, estudante de Biblioteconomia. O ato acontecerá em frente ao local onde se reúnem os integrantes do Conselho Superior Universitário (Consuni), uma instância de decisão acima da própria Reitoria. "Estamos recorrendo a eles pois são superiores ao reitor e podem pedir a renúncia", disse Lopes.

Mesmo tendo a Justiça negado nesta quinta-feira (10) o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica e de água no prédio ocupado, os funcionários da UnB decidiram, em assembléia, religar a água. "Continuamos sem luz, mas temos água graças à atitude de apoio dos servidores", afirmou Lopes. "A decisão da Justiça foi absurda. No lugar de punir corruptos, eles agem contra uma manifestação estudantil."

OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF), autora da medida cautelar para o religamento de energia e água, pedirá à juíza da 17ª Vara Federal, Cristiane Rentzsch, na segunda-feira (14), que reconsidere a decisão. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Jomar Alves Moreno, argumentará que a suspensão do corte reabriria as negociações entre estudantes e universidade e daria segurança dos manifestantes.

Moreno levará à juíza o relato de um ocupante que, na noite de terça-feira (8), caiu e torceu a perna por causa da escuridão no prédio. "Precisamos evitar que outros acidentes aconteçam", disse o advogado. "A situação é grave e só tende a piorar caso não haja as mínimas condições de permanência na reitoria."

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