A delegada do 9º Distrito Policial, Renata Pontes, afirmou em depoimento hoje que Alexandre Nardoni, acusado de matar a filha Isabella, questionou o trabalho da perícia desde a noite do crime. Renata Pontes, que acompanha as investigações desde a noite de 29 de março de 2008, é a segunda testemunha a ser ouvida pelos jurados no Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo.

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Renata disse que esteve presente no prédio onde o casal Nardoni morava, na noite do crime, e que não encontrou com Alexandre ao chegar no local. A delegada, então, conversou com seis moradores do condomínio que disseram que o pai de Isabella havia informado que o apartamento tinha sido arrombado.

Depois, Alexandre chegou ao prédio acompanhado do pai, Antônio Nardoni, e questionou o trabalho feito pela polícia. Ele teria perguntado: “Já prenderam o ladrão? Já pegaram as impressões digitais?”.

A delegada relatou ainda que embora Alexandre tenha afirmado que o apartamento tivesse sido invadido, ele não contou isso à polícia quando prestou depoimento. Na ocasião, ele disse que alguém teria usado uma cópia da chave para entrar no apartamento.

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Pontes destacou que os legistas constataram que Isabella sofreu asfixia por esganadura e que ela tinha um ferimento na testa, sendo que nenhum desses ferimentos foi proveniente da queda que ela sofreu do 6º andar.

O juiz Maurício Fossen perguntou se podia dispensar Renata, mas o advogado de defesa do casal, Roberto Podval, disse que ela precisaria ficar à disposição da Justiça. A delegada não poderá deixar o Fórum pelo menos até os depoimentos dos peritos. Além da delegada, a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, também está à disposição da Justiça.

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O depoimento de Renata durou quatro horas e terminou às 14h10, quando os trabalhos do julgamento foram suspensos para almoço. Por volta das 13h30, a novelista Gloria Pérez, da TV Globo, entrou no plenário.