Alckmin: “PM envolvido com crimes será demitido”

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou hoje que caso algum policial tenha ligação com os assassinatos que acontecem no Estado, o oficial será demitido imediatamente. “Caso o envolvimento seja comprovado, é demissão sumária”, disse.

São Paulo teve, nos últimos cinco dias, três noites violentas, com grande número de assassinatos. Os últimos ataques foram na Grande São Paulo, em Taboão da Serra e Embu das Artes. Oito pessoas foram mortas a tiros entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem após o assassinato de um policial militar. A PM não confirma se há relação entre os crimes e a morte do militar.

Segundo o governador, todos os crimes registrados como resistência seguida de morte serão apurados pela Corregedoria da PM e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Saturação

 

Ontem, o governo anunciou uma megaoperação da PM com cerca de 15 mil homens a mais no policiamento no Estado. “A população vai sentir agora, positivamente, maior presença policial no Estado. A prioridade da operação serão as grandes cidades da Baixada Santista e da região metropolitana de São Paulo”, afirmou Alckmin.

 

O reforço, de 15 mil policiais (5 mil em cada um dos três turnos de trabalho), se somará ao efetivo de 30 mil que já atua nas ruas todos os dias. Esses PMs virão do serviço administrativo e, até, de homens ainda em formação. Não há prazo para o término da operação, que começa hoje.

O comandante da Polícia Militar, Roberval França, diz discordar da avaliação do Ministério Público de Santos, de que há uma “guerra civil”, entre PMs e o PCC. “Guerra é quando a lei não vigora mais. O que está acontecendo é uma série de delitos.”

O governo estadual afirma que é “lenda” o poderio da facção criminosa PCC e que há glorificação dos criminosos por parte da imprensa.

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