São Paulo (AE) – Em um discurso bastante emocionado, que motivou muitos aplausos, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, despediu-se ontem à tarde do governo de São Paulo, afirmando que parte rumo a um mutirão cívico para construir um País com menos pobreza, mais emprego, mais renda e mais trabalho. "Nosso País não é para amadores, como dizia Tom Jobim, e sei que poderemos unir nossos sonhos à realização de construir um novo país", destacou, garantindo que pretende ser este instrumento de mudança do Brasil.

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No discurso, que durou 20 minutos, Alckmin fez um balanço das realizações do governo do Estado de São Paulo desde a gestão de Mário Covas. Sucessor do falecido governador, Alckmin lembrou a escola de Covas, baseada, sobretudo, na austeridade e no rigor fiscal, o que permitiu à sua gestão entregar o governo para o pefelista Cláudio Lembo, com um saldo para investimentos de R$ 9,1 bilhões. Ele disse que, se Covas não tivesse "sonhado com o impossível", São Paulo não teria resgatado a sua dignidade.

Antes do início do discurso à platéia que lotou o auditório principal do Palácio dos Bandeirantes, formada em sua maioria por políticos e empresários, Alckmin foi saudado como candidato, ao som de "Brasil urgente, Alckmin presidente". Empolgado com a receptividade, o pré-candidato tucano disse que não vai iniciar uma jornada baseada na luta política em benefício de seu partido e dos aliados. Mas ressaltou que vai entrar nesta campanha presidencial "com o intuito de lutar muito para ser um instrumento do povo na mudança efetiva do País".

Ainda no discurso, Alckmin fez menção ao inglês Gilbert Keith Chesterton, um dos maiores e mais influentes intelectuais do século 20, lembrando uma de suas citações: "Uma das mais importantes virtudes é a coragem. E, sem ela, não adianta ter as outras".

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