Um agente penitenciário da Polícia Nacional do Paraguai foi assassinado a tiros quando saía de casa para o trabalho, na manhã desta quarta-feira, 24, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil. Segundo a polícia paraguaia, o agente Duilio Florenciani Gonzáles levaria drogas para o interior da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, que abriga cerca de 80 integrantes da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Gonzáles foi atingido por sete disparos de pistola calibre 9 mm. Os atiradores fugiram e não foram localizados. O crime, com características de execução, aconteceu às 6h40 e, segundo a polícia paraguaia, pode estar relacionado à guerra travada por facções criminosas brasileiras pelo controle do tráfico na fronteira.

Ele havia saído de casa pilotando uma moto de procedência estrangeira e a maioria dos disparos o atingiram na cabeça. A polícia encontrou em seu uniforme 1 kg e 22 gramas de pasta base de cocaína.

Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), o entorpecente seria destinado a integrantes do PCC que cumprem pena no presídio. A execução teria sido ordenada por facção rival, mas a polícia não descarta outras linhas de investigação. Um celular que estava com a vítima foi levado para perícia.

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Em outubro do ano passado, a polícia paraguaia descobriu um túnel de 12 metros que daria acesso ao Presídio Regional de Pedro Juan Caballero. Um brasileiro e três paraguaios que faziam a escavação foram presos. O túnel era escavado a partir de uma casa, no bairro Santa Ana.

Os paraguaios detidos disseram à polícia que tinham sido contratados pelo brasileiro a mando do PCC. O túnel seria usado para dar fuga a integrantes da facção brasileira presos na penitenciária, que fica a sete quilômetros da linha de fronteira.

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