Brasília – Aprovada por pouco mais da metade dos funcionários dos aeroportos brasileiros, a proposta salarial apresentada pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) na última segunda-feira (9) evitou uma greve durante a realização dos Jogos Pan-Americanos.

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Em assembléias realizadas nesta sexta-feira (13) em todo o país, 53,64% da categoria aprovaram o reajuste salarial de 6%. O aumento será retroativo ao mês de maio. O acordo também prevê o aumento do valor do tíquete-refeição de R$ 20 para R$ 22 e a concessão de duas progressões, que irão totalizar 6,5% de reajuste a partir de outubro.

Segundo o diretor de Saúde do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Francisco Lemos, 42,12% dos trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa estatal, responsável por administrar 67 dos principais aeroportos do país. Pouco mais de 4% se abstiveram de votar.

?Todos os aeroportos serão comunicados oficialmente desta decisão nacional e aqueles companheiros [que refutaram o acordo] irão entender que foram voto vencido?, disse Lemos, garantindo que a greve está definitivamente descartada.

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Inicialmente o sindicato havia reivindicado um aumento salarial de 33%. O índice, de acordo com Lemos, era para repor perdas dos últimos anos. Mesmo que o reajuste concedido tenha ficado muito abaixo, o sindicalista considerou o resultado satisfatório. ?Se você analisar no panorama atual, foi um resultado acima da média que outras categorias têm conseguido?.

Na segunda-feira (9), quando apresentou aos representantes do sindicato a proposta da empresa, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, revelou que as contas da empresa sofreriam um impacto de R$ 28 milhões até o final deste ano. Ele defendeu que as perdas da categoria com antigos planos econômicos sejam repostas.

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?A Infraero não depende fundamentalmente de receitas do Tesouro. Até mesmo porque geramos recursos próprios. Nossos funcionários geram recursos e precisam ser recompensados por isso?, afirmou.