Porto Velho – Os detentos rebelados no presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO), concordaram com o acordo firmado entre as autoridades e as lideranças de detentos e, com isso, a rebelião foi encerrada no começo da noite de ontem, após seis dias e nove mortes – parte delas ocorridas em público, com presos decapitados em frente à familiares e a imprensa. O governo de Rondônia se comprometeu a atender as reivindicações dos presos amotinados, dando garantia de que após o retorno da normalidade no presídio será garantida a integridade física e moral dos presos, conforme determina a Constituição Federal.

Os presos apresentaram uma lista de 22 reivindicações. Entre elas, a saída da direção da unidade; a manutenção da rede de energia e água; orelhão; banho de sol duas vezes por semana, um freezer para cada ala; e permissão para fazer uso de bermudas e chinelos nos dias de visita. Foi definido que as cerca de 160 mulheres e familiares dos detentos que acompanharam a rebelião sairão primeiro, após passarem por rigorosas visitas. Os presidiários seguirão ao pavilhão não destruído e também para a capela.

O secretário de Estado de Segurança Pública, Paulo Moraes, anunciou a reconstrução do presídio e a transferência de 30 presos ainda ontem. O número oficial de mortos é nove, no entanto pode ser maior. Detentos que conseguiram fugir durante o dia de ontem dos presos amotinados, afirmaram que havia mais três ou quatro mortos no interior do prédio.

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