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Abstenção da Fuvest é a menor desde 2011

Dos 137.581 candidatos inscritos na primeira fase da Fuvest, 125.015 compareceram à prova neste domingo, 26. O índice de abstenção é de 9,1% – o menor desde o vestibular Fuvest 2011.

Dos candidatos que fizeram a primeira fase da Fuvest, vários consideraram as questões de exatas as mais difíceis, sendo as Física e Química as mais exigentes. “A parte de Física estava muito direta e conteudista. Se você não lembrasse as fórmulas, não conseguia resolver”, disse Thiago Oliveira, de 17 anos, que tenta uma vaga em educação física.

No segundo ano do ensino médio, Carolina Montenegro, de 16 anos, fez a prova como treineira e disse que em química não conseguiu resolver a maioria das questões. “Exigia muito conceito e conhecimento específico. Achei a parte mais difícil.”

Em história, os candidatos disseram ter caído mais conteúdos sobre história antiga, como Idade Média. Já em Geografia, as questões foram mais atuais e abordaram assuntos como a Conferência do Clima de Paris e o lixo nos oceanos. “Uma das questões falava do conflito político criado quando o presidente [Donald] Trump, dos Estados Unidos, decidiu que o país não participaria do acordo climático”, disse a estudante Elena Amorim, de 17 anos.

Em língua portuguesa, as questões abordaram os livros da lista de obras obrigatórias: Vidas Secas, Cortiço, Minha Vida de Menina, Sagarana e Memórias Póstumas de Brás Cubas. “A maioria delas exigia mais interpretação de texto, mas, quem leu as obras, ficava em vantagem”, disse Thadeu Ayub, de 18 anos, que tenta uma vaga no curso de propaganda e publicidade.

Mãe e filho

Em busca de uma vaga para fazer sua segunda graduação, a bibliotecária Vera Martins Dias, de 57 anos, fez a prova com o filho Antonio Carlos Dias, de 19 anos. “Decidi que queria voltar a estudar. Estudei em casa mesmo, aproveitando o material que ele tinha”, conta Vera, que tenta uma vaga em história.

Ela disse ter achado as questões de exatas mais difíceis, especialmente física e química, mas acredita que foi bem na parte de humanas. “Em português, acredito que fui bem. Eles cobraram muita interpretação de texto e literatura.”

O filho, que quer fazer educação física, também achou física a disciplina mais difícil neste vestibular. “Exigia muito conhecimento, não lembrei de todas as fórmulas na hora”, conta o jovem.

Mudanças

Com a adoção pela Universidade de São Paulo (USP) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como método alternativo de ingresso, o total de vagas em disputa pela Fuvest é menor e a concorrência, maior. Dos 105 cursos em oferta, mais da metade (58) teve aumento na concorrência em relação ao ano passado.

Os 137,5 mil inscritos vão concorrer a 8.402 vagas pela Fuvest – eram 8.734 na última edição. Neste ano, a USP reservou 25% das vagas (2.745) para serem disputadas pelo Enem. E, pela primeira vez, haverá cota de 37% para alunos da rede pública e, dentro desse grupo, 37% para pretos, pardos e indígenas (PPIs). Esse patamar de cota em cada curso será atingido com a reserva de vagas pelos dois sistemas: Enem e Fuvest.

Trânsito

Agentes de trânsito da CET foram acionados para ajudar a liberar o grande fluxo de veículos na entrada da USP pela Rua Alvarenga, no Butantã, por causa do Vestibular da Fuvest.

Segundo um agente, o grande número de veículos fez com que se formasse um congestionamento. O trânsito ficou intenso e os agentes tiveram que liberar os carros, que seguiam sentido a USP, mesmo com o semáforo vermelho, para aliviar o fluxo.

A fila de carros se formou por volta das 12h15, mas o trânsito estava normalizado já às 12h50. Como os portões para a entrada na prova fechavam as 13h, muitos candidatos saíram dos carros e preferiram seguir a pé para o vestibular.

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