Rio – A Academia Brasileira de Letras (ABL) defende a volta da competência das escolas normais na formação de professores de primeira a quarta séries do ensino fundamental e o fortalecimento dos institutos normais superiores e das escolas técnicas para a formação de profissionais de nível médio. Essa é uma das 11 sugestões apresentadas na carta assinada pelo presidente da ABL, Alberto da Costa e Silva.
O documento foi entregue em sessão especial, hoje, da Academia ao ministro da Educação Cristóvam Buarque. Na saída do encontro, o ministro explicou que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação determina que a formação dos professores seja de nível superior. ?O que nós fizemos foi uma interpretação que permite adiar um pouco a exigência do título universitário para todos os professores, mas acho que as escolas normais devem continuar sendo vistas como alternativa. O curso superior é um avanço, o que não quer dizer que o professor que venha da Escola Normal não esteja preparado.?
O ministro acrescentou que para o conjunto do magistério brasileiro o ideal é que todos tenham curso superior. ?Espero que um dia o Brasil chegue lá?. O documento pede ainda a extinção gradativa da promoção automática no curso fundamental, com possível revisão da LDB. Segundo o ministro, o problema da falta de qualidade do ensino, não é decorrente apenas desse sistema, porque ele está restrito a 20% dos alunos. Para o ministro, é preciso incentivar e melhorar a remuneração e a formação do professor.