Brasil tenta acordo para têxteis com Taiwan e Coréia do Sul

Brasil, Taiwan e a Coréia do Sul poderão firmar, nos próximos dias, um acordo para limitar as exportações de têxteis dos países asiáticos ao mercado brasileiro. Reunidos desde hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC), representantes da indústria, do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento tentam convencer os asiáticos a limitarem suas vendas, com o objetivo de evitar um colapso da indústria nacional.

O principal produto têxtil exportado pelos dois países asiáticos é o poliéster. O Brasil argumenta que, nos últimos dois anos, as importações do material subiram mais de mil por cento, o que levou os produtores nacionais a enfrentarem uma verdadeira crise. Segundo o acordo proposto pelo Brasil, os coreanos poderão vender 27% de todo o poliéster que o País compra do exterior. Já os produtores de Taiwan teriam uma cota de 30% das importações brasileiras.

A outra opção, para o Brasil, seria colocar salvaguardas sobre os produtos desses países, até provar que as importações causam dano à indústria. A vantagem de uma saída pacífica, porém  é que impediria que coreanos e representantes de Taiwan levem uma queixa à OMC contra a iniciativa do Brasil, o que abriria mais uma frente de conflitos para a diplomacia nacional.

Os brasileiros acreditam que os asiáticos aceitarão um acordo pois terão um mercado garantido no Brasil. ?Estamos confiantes e esperamos que, em breve, poderemos anunciar o acordo?, afirmou um diplomata.

Segundo outro funcionário do governo que também esteve presente às reuniões, o acordo final depende apenas de ?detalhes?.

O Brasil é um dos poucos países no sistema internacional do comércio que, ao mesmo tempo, é afetado por barreiras aos produtos têxteis nos países ricos e tenta evitar um surto de importações ao mercado nacional, principalmente dos países da Ásia.

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