Segundo o advogado da BSA, André Almeida, 55% dos softwares eram pirateados no Brasil em 2002. O resultado foi um prejuízo estimado em US$ 300 milhões. Entretanto, ele destaca que esses dados não são precisos, porque nos anos anteriores a 2003 o estudo limitou-se a analisar a aplicação dos programas. ?A metodologia foi modificada e, a partir de 2003, o estudo passou a compreender segmentos importantes do mercado, como os sistemas operacionais, softwares direcionados para o consumidor e para o mercado local?, diz.
No mundo, a pirataria de softwares causou um prejuízo de US$ 29 bilhões para a indústria em 2003. A estimativa é que o mercado legal faturou US$ 50 bilhões no ano passado. A Europa Oriental é a líder no mercado pirata de programas para computador, com 71%. Em seguida vêm América Latina (63%), Oriente Médio e África (55%), Ásia e Pacífico (53%), Europa Ocidental (36%), EUA e Canadá (23%).
Almeida enfatiza que a pirataria de softwares, além de gerar prejuízos para as empresas e deformar o mercado, incentiva o crime organizado e o desemprego. ?A pirataria no país vem caindo desde 1994 e isso impulsiona o setor de tecnologia e informática. Entre 1996 e 2002 foram criados 226 mil empregos depois da diminuição da pirataria no Brasil. Isso injetou US$ 4,5 bilhões no setor de TI (tecnologia da informação) e na economia brasileira?, afirma.
Ele revela que a redução da pirataria fortalece não só o setor de TI como os setores ligados a esse mercado. ?Se o índice de pirataria no Brasil caísse mais dez pontos percentuais, teríamos condições de criar 13 mil novos empregos e aumentar a arrecadação tributária no Brasil em R$ 1 bilhão?, calcula.
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