O Brasil colocou ponto final em um tabu histórico ao derrotar a Hungria por 4 x 1 nesta quarta-feira à tarde, no Estádio Ferenc Puskas, em Budapeste. Os gols do time canarinho, que somava um empate e três derrotas no confronto com a seleção do leste europeu, foram marcados por Luís Fabiano (2), Kaká e Ronaldinho Gaúcho, os melhores em campo.

Diante de um frágil adversário, o Brasil impôs seu ritmo no início do duelo. Aos 9 minutos, quase abriu o placar em jogada plástica. De Kaká para Luís Fabiano, que bateu de primeira para defesa parcial do goleiro Babos. No rebote, Ronaldinho Gaúcho matou no peito e engatilhou bicicleta, concluindo por cima do travessão.

Mas a inconsistência defensiva do time de Parreira logo ficou evidente. Os esforçados húngaros tinham facilidade de trocar passes no meio-campo e o terror se instalava quando a bola chegava perto do inseguro Roque Júnior. Com isso, o Brasil foi ficando menos ousado, a fim de evitar o pior.

Aos 23, Kaká e Luís Fabiano voltaram a se destacar. A tabela deixou livre o meia do Milan, que da entrada da área atirou à esquerda da trave. No minuto seguinte, Lipcsei cobrou falta na direção do gol, apesar do ângulo desfavorável, e Dida teve de se virar para evitar o pior.

Aos 32, o talento do trio de ataque fez a diferença. Ronaldinho Gaúcho tabelou com Luís Fabiano e lançou Kaká, que girou antes de fuzilar o goleiro. Mais três minutos e Kaká entortou Molnar e chutou para defesa parcial de Babos. Atento, Luís Fabiano completou para a rede.

A Hungria baixou a guarda de vez e, aos 44 minutos, Roberto Carlos foi lançado por Ronaldinho Gaúcho e cruzou na medida para Luís Fabiano concluir com categoria diante do goleiro: 3 x 0.

Para a etapa final, Parreira fez três testes de início, colocando Mancini, Dedê e Edu nas vagas de Cafu, Roberto Carlos e Zé Roberto. O jogo continuou fácil. Aos 7, Kaká arriscou de longe e errou por pouco o alvo. Pouco depois, Babos deteve cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho.

A surpresa veio aos 11 minutos, quando Torghelle, impedido, tentou duas vezes para superar Dida. A partir daí, várias outras substituições foram feitas nas duas equipes e o nível técnico despencou. Aos 30, Ronaldinho Gaúcho quebrou o marasmo ao promover carnaval na área, com direito a drible no goleiro antes de ampliar a vantagem brasileira. Fim do tabu.

HUNGRIA 1 x 4 BRASIL

Hungria
Babos, Bodnar (Hercegfalvi), Stark e Peto (Rodhol); Simek (Torghelle), Toth, Molnar (Farkas), Lipcsei (Juhasz) e Huszti (Savic); Gera (Dveri) e Kenesei (Szabics).
Técnico: Lothar Matthäus

Brasil
Dida, Cafu (Mancini), Juan (Bordon), Roque Júnior e Roberto Carlos (Dedê); Edmilson, Juninho (Júlio Batista), Kaká (Alex) e Zé Roberto (Edu); Ronaldinho Gaúcho (Felipe) e Luis Fabiano.
Técnico: Carlos Alberto Parreira

Data: 28/4/2004 (quarta-feira)
Local: Estádio Ferenc Puskas, em Budapeste
Árbitro: Massimo De Santis (Itália)
Assistentes: Vincenzo Nitro (Itália) e Cristiano Copelli (Itália)
Gols: Kaká, aos 32min, e Luís Fabiano, aos 35min e 44min do primeiro tempo; Torghelle, aos 11min, Ronaldinho Gaúcho, aos 27min do segundo tempo

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