Brasil é um dos emergentes menos atraentes no varejo

Londres – O Brasil subiu duas posições no Índice de Desenvolvimento de Varejo Global, elaborado anualmente pela consultoria AT Kearney e que classifica os mercados emergentes mais atraentes para grupos varejistas que buscam expansão internacional. Mesmo assim, o país está entre o grupo dos lanterninhas do ranking. Entre os 30 países em desenvolvimento avaliados, o Brasil ficou na 27.ª posição, à frente apenas do Marrocos, Colômbia e Cazaquistão. "O varejo moderno pode incentivar a economia através da implementação de maior produtividade", afirmou a AT Kearney.

O estudo avalia as condições macroeconômicas e o ambiente para o varejo em cada país. O mercado considerado mais atrativo para os grupos varejistas internacionais é o da Índia. Completam a lista dos dez primeiros colocados a Rússia, Vietnã, Ucrânia, China, Chile, Eslovênia, Letônia, Croácia e Turquia. O México está no 19º lugar.

O Brasil obteve pontuações elevadas em relação ao reduzido risco que oferece aos investidores e ao nível de saturação e atratividade de seu mercado. Mas o país foi muito mal no quesito que mede o ambiente favorável para atrair grupos estrangeiros.

O estudo lembra que os cinco maiores grupos varejistas do Brasil são empresas internacionais que abocanham 27% do mercado doméstico. Entre 1995 e 2000 o Brasil viveu uma onda de entrada de grupos varejistas com métodos modernos. "Antes de 1995, os números de produtividade para o mercado de varejo do País estavam estagnados", disse. "Desde então, a produtividade aumentou em 4%."

Globalização

O estudo mostra que o processo de globalização no varejo continua a se acelerar. Desde 2001, mais de 50 grupos entraram em cerca de 90 novos mercados. "Mas apenas aceleração não significa sucesso: as empresas deixaram 17 mercados em 2005 e devem sair de outros 19 neste ano", afirmou. "Muitas outras estão encontrando dificuldades para gerar lucros."

No entanto, a AT Kearney salienta que os mercados emergentes são muito atrativos para serem ignorados. "Mas o sucesso nessa corrida não vai necessariamente para o mais veloz, mas para as empresas que tomam os passos corretos nos momentos adequados. A localização é importante, o momento da decisão é ainda mais."

Segundo a consultoria, os países emergentes precisam "criar o ambiente competitivo certo para atrair empresas e assim colher os benefícios gerados pelo aumento da atividade varejista".

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