Brasil e Camarões assinam acordos nas áreas de educação, saúde e agricultura

O governo brasileiro assinou na manhã de hoje (11) acordos de cooperação com o governo da República de Camarões nas áreas de saúde, educação e agricultura. O Brasil vai transferir tecnologia na área de cultivo do cacau, a mais tradicional cultura de Camarões, no setor de saúde pública, para combate ao HIV e outras epidemias, como a malária, e de educação, para intercâmbio de professores universitários e alunos.

Na área de educação, o acordo firmado entre os entre Ministérios da Educação dos dois países prevê intercâmbio de professores de história e literatura africana, garantindo que africanos possam lecionar em universidades brasileiras. Além disso, visa estabelecer vínculos preferenciais de cooperação científica, pedagógica e cultural nas áreas de arqueologia, psicologia, filosofia, sociologia e antropologia.

O Brasil também vai acolher pesquisadores e estudantes de Camarões, fornecendo bolsas de estudo para pós-graduação em mestrado, doutorado e pós-doutorado. Seriam pesquisadores para as áreas de farmácia, informática, arquitetura, literatura, turismo e para o setor agro-alimentar. As bolsas incluiriam seguro saúde e garantia de vagas. Também, a cada dois anos, os governos vão organizar seminários, colóquios e reuniões. A taxa de alfabetização é de 79% em Camarões.

Os países também concordaram em investir na implementação de um projeto de formação de recursos humanos e transferência de tecnologia para uma cultura sustentável de cacau. O cacau é a principal cultura de exportação dos Camarões. Cerca de 70% da força de trabalho do país trabalha na agricultura, setor responsável por 42,6% do Produto Interno Bruto daquele país. De acordo com o Ministério de Relações Exteriores, o PIB de Camarões no ano passado foi de US$ 13,6 bilhões.

O acordo prevê que o Brasil deve enviar técnicos para a África e apoiar treinamentos e transferência de tecnologia, além de acompanhar o desenvolvimento do projeto em Camarões. A Agência Brasileira de Cooperação, do MRE, será responsável por esse acompanhamento, junto com o Ministério de Agricultura.

O Brasil já havia assinado um protocolo de cooperações com Camarões em 1972 e parte dos acordos assinados são extensões desse primeiro entendimento. Os acordos prevêem também parcerias entre instituições públicas e privadas dos dois países e organismos internacionais de desenvolvimento, como ONGs e instituições de fomento. Têm vigência de cinco anos, mas poderão ser renovados.

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