Bomba explode na OAB do Espírito Santo

Brasília – A sede da Seccional da OAB do Espírito Santo foi alvo de um atentado a bomba no final da tarde da última quinta-feira, dia 25. Não houve feridos. A bomba explodiu em um dos banheiros, no momento em que era realizada uma solenidade de entrega de carteiras a novos advogados. O presidente nacional da OAB, Rubens Approbato Machado, que se encontrava em Salvador (BA), foi avisado pelo presidente da Seccional, Agesandro da Costa Pereira. Approbato ligou imediatamente para o governador capixaba, José Ignácio, para cobrar providências e dizer que o governo poderá ser responsabilizado se algo mais grave acontecer contra pessoas que denunciaram o crime organizado no Estado. Rubens Approbato telefonou também para o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello. Approbato lembrou que há poucos dias a Seccional da OAB recebeu uma carta anônima que encerra com a seguinte advertência:

“Lembra da secretária da OAB que morreu no Rio? Você sabe que tem gente dentro da OAB para vigiar os seus passos e os de seus amigos? Você desagrada muita gente, mas não sabe quem nem quando. Tem muita gente que gostaria de ver a OAB cuidando de seus problemas?”

Segue declaração do presidente nacional da OAB:

“O atentado contra a Seccional é mais uma prova de que o crime organizado, com a decisão do arquivamento do pedido de intervenção federal no Estado, recebeu um salvo-conduto para intimidar e calar as pessoas como bem entender. A história, no entanto, já demonstrou que esse tipo de ameaça não cala a boca de uma instituição que continuará a sua luta contra o crime organizado e tudo de nefasto que ele representa. Essa violência apenas mostra que o pedido de intervenção se justificava e que seu arquivamento beneficiou os criminosos. A Ordem volta a tornar público o alerta contra o avanço do crime organizado que, no caso do Espírito Santo, passou a dominar as instituições públicas. Alerta, também, para a necessidade de uma ação mais efetiva e imediata da Polícia Federal para preservar a vida das pessoas que testemunharam contra o crime organizado confiando na possibilidade de intervenção federal e que agora estão desprotegidas.”

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