A partir de maio, o governo federal vai oficializar um acordo com os estados e municípios para incluir mais 450 mil famílias no programa Bolsa Família. Ao todo, até julho, serão mais de quatro milhões de famílias em todo o país beneficiadas pelo programa.
Os estados do Acre, Goiás e Rio de Janeiro já confirmaram o pacto com o governo federal. No Rio de Janeiro, 176 mil famílias vão ser atendidas. Hoje, esse estado é o que tem menor cobertura do programa, segundo o Secretário Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, André Teixeira.
A parceria do governo federal com os estados e municípios vai elevar os valores do Bolsa Família. Se antes o valor do repasse vinha somente do estado, do município ou do governo federal, agora, através de um co- financiamento, a família receberá mais. No Rio de Janeiro, por exemplo, o estado vai complementar em R$ 10 o valor do Bolsa Família, e, para quem mora na capital do estado, o município vai aumentar em mais R$10. Assim, uma família, dependendo do número de filhos, poderá ganhar até R$ 20 a mais no programa integrado.
O estado da Bahia vai, de forma inédita, fazer transferência de renda direta para as famílias. “Dinheiro na mão do cidadão é a primeira vez”, cita o Secretário André Teixeira. O estado vai repassar R$ 15 para cada criança desnutrida de 50 mil famílias.
O governo quer um único programa atendendo à população carente. “A idéia é que o Bolsa Família seja o programa de transferência de renda do governo”, diz o secretário do Ministério do Desenvolvimento Social. André Teixeira garante que a preocupação do governo é integrar os programas para que não haja sobreposição de benefícios.