Bolivia espera que preço do gás acompanhe mais a cotação do petróleo

Brasília ? O governo boliviano espera que o gás tenha um reajuste mais parecido com o do petróleo, considera o ministro conselheiro boliviano, Pedro Gumucio Dagron. "Nos últimos 24 meses, o preço do barril de petróleo ficava entre US$ 40 e US$ 43 dólares. Hoje, está em US$ 75", afirmou hoje (4) Dagron, em entrevista à imprensa na Embaixada da Bolívia em Brasília

Ele afirmou que, ao contrário do petróleo, que é uma commoditie, o gás não tem uma cotação internacional."Em todos os países do mundo, se calcula o preço do gás tomando como base o preço do petróleo. Segundo normas internacionais, ele deve ser igual ou um pouco menor", afirmou.

Ontem (3), o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o Brasil respeitaria as decisões do governo boliviano, mas que não aceitaria um aumento no preço do gás que é exportado ao Brasil. Dagron disse que "respeita a sua posição"

O ministro conselheiro reafirmou que as condições serão acertadas nestes 180 dias de negociação dos contratos e que será definido um preço para o gás que seja bom para a Bolívia e para o Brasil. Ele lembrou ainda que, dos 332 tratados assinados entre os dois países, 44 tratam dos hidrocarbonetos. "Temos bons instrumentos escritos para garantir a compra, a venda, as parcerias, as associações e as cooperações e projetos interessantes em vista, como o de navegabilidade do rio Madeira".

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