BNDES responde a críticas sobre aumento de gastos

O BNDES divulgou hoje um texto intitulado "Desmitificando o debate fiscal – o equívoco de confundir gasto social com custeio da máquina" no boletim Visão de Desenvolvimento. O presidente do banco, Demian Fiocca, admitiu em entrevista à imprensa que a divulgação é uma resposta às críticas sobre o aumento de gastos correntes no governo. Segundo Fiocca, "há uma confusão entre gastos correntes e gastos finalísticos, como o Bolsa Família e a Previdência. Queremos separar na expansão de gastos correntes o que é finalístico e o que é custeio da máquina", afirmou

Segundo o texto, os gastos finalísticos foram os que mais cresceram, aumentando de 9,26% do PIB, no período de 2000 a 2002 para 10,48% do PIB entre 2003 e 2005. Já os gastos com o custo da máquina do governo passaram de 5,60% do PIB na média de 2000 a 2002 para 5,22% no período de 2003 a 2005. O texto repete dados de um estudo divulgado por Fiocca no início de junho, segundo o qual a metade mais pobre da população está aumentando sua participação na renda total e pode chegar ao fim deste ano com 15,1% da renda total ante 13,2% no final de 2002

Fiocca disse que políticas sociais de transferência de renda como o Bolsa Família e a Previdência ajudam a combater a desigualdade social e estimulam a economia em regiões pobres. O final do texto também ressalta que "deve-se evitar que, em nome de combate aos ‘gastos da máquina pública’ sejam reduzidas políticas sociais finalísticas que se mostraram eficazes na redução das desigualdades". Fiocca participa hoje do seminário "Pobreza e Desenvolvimento no Contexto da Globalização", no Rio de Janeiro

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