BNDES aposta no apoio à exportação de softwares

O diretor das Áreas Industrial e de Comércio Exterior do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, Armando Mariante, afirma que a instituição
está entusiasmada com a nova modalidade de crédito destinada à venda de
softwares desenvolvidos no país, o Prosoft Comercialização. Segundo avaliou
Armando Mariante, "o Brasil está atingindo uma massa crítica de produção de
softwares muito interessante" a partir do surgimento, nos últimos anos, de
várias empresas de pequeno e médio portes produtoras de softwares de boa
qualidade. Ele cita o caso do mercado norte-americano, que é muito atendido
pelas empresas indianas do mesmo segmento (MPEs).

As empresas
brasileiras começam agora a perder a timidez, o que é importante porque o mundo
está se informatizando e abrindo espaço para o produto nacional, frisa Mariante.
"Você hoje não fala em informática sem falar em software", diz o diretor do
BNDES, para mostrar a importância do software no dia-a-dia das pessoas e das
empresas, o que era impensável há cinco ou dez anos. O Pólo de
Petrópolis/Tecnópolis, instalado no município de Petrópolis, na região serrana
fluminense, é um bom exemplo de produtores de softwares nacionais de qualidade,
ressaltou.

Nesse contexto, Mariante disse que a obrigação do BNDES é
assistir ao setor para que ele se desenvolva, não só apoiando a exportação de
softwares, como o fortalecimento do mercado doméstico. Nessa linha, está
inserido o novo Prosoft Comercialização, voltado a apoiar a venda de softwares.
"Estamos fazendo muita fé nisso", garantiu Mariante.

O diretor explica
ainda que o BNDES não está preocupado em estabelecer limites orçamentários para
esse programa porque, ao contrário das áreas industrial ou de infra-estrutura,
não se trata de investimentos pesados. "Nesse segmento, o que a gente quer é que
ele cresça o mais rapidamente possível". Não há limitações orçamentárias
explícitas para o programa porque não é um segmento em que se espera gastar
muito dinheiro, sublinhou Mariante. "Como são investimentos relativamente
pequenos, não é um orçamento que traga preocupações ao Banco". A expectativa de
Mariante, contudo, é que a demanda seja tão forte que estimule o banco a injetar
mais recursos no programa.

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