A Grã-Bretanha espera que a diplomacia resolva o impasse em torno de 15 marinheiros e fuzileiros navais detidos pelo Irã em um incidente naval, mas está preparada para "mudar de fase" se as negociações fracassarem, alertou hoje o primeiro-ministro britânico, Tony Blair. A Grã-Bretanha alega que os marinheiros e fuzileiros navais foram presos em águas territoriais iraquianas depois da inspeção de um navio suspeito no canal de Shatt al-Arab. Por sua vez, Teerã assegura que os britânicos estavam em águas territoriais iranianas no momento da captura.

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"Eu espero que consigamos fazer com que eles (o governo iraniano) percebam que precisam libertar" os marinheiros e fuzileiros navais, disse Blair em entrevista à GMTV. "Caso contrário, tudo isso mudará para uma fase diferente", prosseguiu.

Questionado sobre o que queria dizer com isso, Blair respondeu: "Bem, teremos de ver, mas o que eles precisam entender é que não pode acontecer uma situação na qual nossos homens e mulheres sejam detidos quando estavam em águas territoriais iraquianas sob mandato da ONU (Organização das Nações Unidas), patrulhando perfeitamente de acordo com esse mandato.

Mais tarde, um porta-voz de Blair negou que o primeiro-ministro estivesse falando em guerra ou em expulsão de diplomatas iranianos acreditados na Grã-Bretanha. Também hoje, o governo iraniano informou que os 15 marinheiros e fuzileiros navais detidos estão bem e são tratados de acordo com os padrões "humanitários e de comportamento moral".

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