Bill Gates pede meios para que mulheres evitem Aids

Criar remédios que dêem às mulheres dos países pobres meios para que se protejam contra o HIV poderá ser o "próximo grande passo" no combate ao vírus que já matou 25 milhões de pessoas, disseram Bill e Melinda Gates, durante uma conferência global sobre a Aids.

O casal participa, juntamente com mais de 24.000 cientistas, ativistas e celebridades de 132 nações, da 16ª Conferência Internacional da Aids. O fundador da Microsoft já havia anunciado anteriormente que deixaria o comando da empresa para se dedicar integralmente à filantropia.

Ele disse, na cerimônia de abertura da conferência, que a busca de uma vacina e do tratamento universal dos portadores do vírus não prioridades, mas acrescentou que "temos de entender que a meta do tratamento universal… não acontecerá se não reduzirmos dramaticamente a taxa de novas infecções".

A fundação Bill & Melinda Gates já doou US$ 1,9 bilhão para apoiar projetos de combate ao HIV e à aids desde 1995, e anunciou recentemente uma dotação de US$ 500 milhões para o Fundo Global de Combate à Aids.

Gates pediu que o mundo se dedique ao "próximo grande passo" na luta contra a doença, "um microbicida ou uma droga de uso oral que possa bloquear a transmissão do HIV". Microbicidas são géis ou cremes que mulheres podem usar para bloquear infecções.

"Precisamos de ferramentas que permitirão que as mulheres se protejam a si mesmas", afirmou ele, lembrando que em muitas partes do mundo a abstinência sexual não é uma opção para o sexo feminino, já que as meninas são forçadas a casar muito cedo, e o uso da camisinha é uma decisão do homem.

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