Uma comitiva do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) discutiu nesta segunda-feira (23) com secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Enio Verri, investimentos de US$ 16,7 milhões a serem feitos no Paraná para apoiar as empresas que foram os Arranjos Produtivos Locais (APLs).

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O BID vai entrar com US$ 10 milhões e a contrapartida do governo do Paraná será de US$ 1 milhão. Outros US$ 5,7 milhões virão de entidades como a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

?A meta principal é garantir a sustentabilidade das micro e pequenas empresas do Paraná?, destacou o secretário Enio Verri, que disse que os APLs do Paraná são modelo para o país. ?A formação dos arranjos é uma iniciativa privada, mas a marca do governo Roberto Requião está presente no projeto?.

Segundo Verri, o governo vê nos APLs uma ação estratégica para o fortalecimento da economia e na geração de empregos. ?É por isso que no Paraná os APLs se desenvolvem mais do que em outras regiões do Brasil. A parceria entre o governo do Estado e a iniciativa privada é que tem proporcionado o fortalecimento dos APLs paranaenses?.

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O Paraná conta hoje com 22 APLs, que contam com atenção especial dos governos federal, estadual e da iniciativa privada em termos de linhas de crédito, assessoria técnica, na área de vendas, marketing, na participação de rodadas de negócios e até nos contatos no exterior para a identificação de novos clientes.

Empregos

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Os Arranjos Produtivos Locais paranaenses são formados por 2,6 mil pequenas empresas, distribuídas em 92 municípios do Estado. Juntas, elas geram 40 mil empregos com carteira assinada.

O secretário Enio Verri lembra que existem APLs com os setores mais tradicionais, como o de confecções, que são os que geram mais empregos. ?Mas há também os de setores considerados de ponta, como os de software que, embora gerem menos vagas, garantes mais divisas e trazem uma receita importante tanto para o Estado como para as regiões onde estão inseridos?.

Os US$ 16,7 milhões serão utilizados para promover o desenvolvimento equilibrado e sustentado dos APLs no Paraná. Estas ações vão contribuir com o crescimento econômico das regiões, garantindo o desenvolvimento integrado e sustentável, com geração de emprego e renda.

Móveis

Na quarta-feira (25), os integrantes da missão vão até Arapongas, para conhecer o APL de móveis. Para isso, vão até o Centro de Tecnologia em Ação e Desenvolvimento Sustentável, criado pelos empresários do setor moveleiro, que concentra mais de 500 indústrias.

O setor, que já enfrentou dificuldades com a poluição provocada pela queima dos retalhos de madeira, conseguiu resolver o problema de forma criativa. Atualmente, as empresas de Araponas têm nos retalhos uma renda extra.

?A sobra de madeira é prensada em briquetes, que são usados como fonte de energia em caldeiras. A criação de um centro de tecnologia resolveu o problema ambiental e trouxe uma nova alternativa de renda para os industriais moveleiras?, explica Verri.

Os integrantes da missão do BID ficam no Paraná até sexta-feira.